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A displasia coxofemoral é uma doença de natureza poligênica, quantitativa, multifatorial, ou seja, pode estar ligada a vários genes e outros fatores associados, possui fator recessivo, sendo assim, intermitente, podendo ocorrer em diferentes membros de uma mesma família.
O que determina a classificação da displasia é uma associação de fatores como:
O posicionamento influencia na mensuração do AN e da PC, mas não na avaliação anatômica. Então uma displasia moderada ou grave é passível de classificação mesmo sem o posicionamento padrão.
Na realidade não é somente o grau que determina a avaliação final das articulações em estudo. O animal pode apresentar graduação de 105° ou mais e ser displásico, já que a radiografia pode nos evidenciar, por exemplo, que menos de 50% da cabeça femoral está inserida dentro da cavidade acetabular, ou quando a borda acetabular crânio lateral se projeta mais, pela presença de osteófito (artrose, bico de papagaio) sobre a cabeça femoral, ou ainda quando existe incongruência articular, menor extensão do paralelismo entre a cabeça femoral e cavidade acetabular (Sommer & Grieco 1997).
Abaixo dos 24 MESES de idade o exame é considerado PRELIMINAR e deverá ser repetido a partir dos 24 meses, devido ao período de conformação das estruturas onde alterações significativas podem ocorrer e nos casos de animais diagnosticados como displásicos o tratamento e medidas paliativas precoces devem ser implementadas a fim de garantir uma boa qualidade de vida.
A displasia coxofemoral tem-se destacado ao longo dos anos como a patologia mais estudada pela medicina veterinária ortopédica e disseminação congênita através de vários genes (mais de 100) e a sua relação com a displasia de cotovelo são os temas dos estudos mais recentes.
A displasia coxofemoral teve seus primeiros estudos realizados em cães da raça Pastor Alemão, sendo que 40% dos animais avaliados apresentavam a doença e até então acreditava-se que sua ocorrência em gatos era rara. Posteriormente demonstrou-se que cães de pequeno porte, gatos e outras espécies como as chinchilas também apresentam a doença.
A displasia é descrita como a má formação das estruturas articulares com graus variáveis de luxação, afetando machos e fêmeas em igual proporção podendo estar presente em uma ou ambas articulações.
É causada por um fator poligênico recessivo com lesões agravadas por fatores ambientais desfavoráveis como terrenos em declive e pisos lisos. O excesso de exercícios com sobrecarga muscular também contribui para o agravo dos sintomas.
A displasia é uma doença genética que causa degeneração das estruturas articulares gerando graus diversos de artrite e artrose o que causa uma grande sensibilidade dolorosa e devido à luxação que ocorre em graus variáveis e o animal pode chegar a ficar completamente paralisado.
Não é possível prever quando um cão displásico começará a apresentar sinais clínicos de claudicação devido à dor. Existem muitos fatores ambientais com a ingestão excessiva de alimentos calóricos, o nível de exercícios a que o animal é submetido e o tipo de piso em que vive são fatores que agravam a doença.
O início do aparecimento das alterações se dá por volta dos 2 meses de idade, porém, como o desenvolvimento das estruturas articulares se completa aos 24 meses, a doença aparecer somente próximo à essa idade.
O diagnóstico definitivo é dado a partir dos 24 meses de idade, porém radiografias prévias a partir dos 7 ou 8 meses de idade são aconselháveis, uma vez que nesta idade as lesões articulares mais graves já podem estar visíveis. Como um animal isento de displasia coxofemoral pode apresentar displasia de cotovelo, e altamente recomendável que a avaliação de ambas as articulações (coxofemoral e cotovelo) seja realizada.
Pode-se ou não realizar o exame sob sedação, sendo que a tranquilização é indicada quando o nível de desconforto do animal, ou sua inquietude, impeçam o correto posicionamento para a radiografia.
A incidência padrão, adotada pela Orthopedic Foundation Of Animals (OFA), para o exame radiográfico é a ventrodorsal com os membros paralelos entre si e em relação a coluna vertebral e rotação medial de forma que as patelas se sobreponham aos sulcos intercondilares.
O grau de lesão é dado através da avaliação morfológica das estruturas articulares, conforme espécie e raça do paciente, da proporção de cobertura da cabeça do fêmur pelo acetábulo e da mensuração do índice de Norberg.
Os sinais radiográficos comuns a todas as espécies são o raseamento acetabular, incongruência entre a cabeça femoral e o acetábulo com graus variáveis de luxação, deformação da cabeça e colo femoral e sinais de artrose nos casos crônicos.
A Orthopedic Foundation For Animals (OFA), foi criada em 1966 para padronizar o exame radiográfico das articulações coxofemorais e de cotovelo. As radiografias avaliadas pela OFA seguem o protocolo recomendado pela associação Americana de Medicina Veterinária.
Sua análise é mundialmente aceita para detecção de displasia coxofemoral e de cotovelo sendo a OFFA a única instituição credenciada pela FCI para tal exame e existe uma tendência mundial para que em qualquer competição ou exposição internacional seja exigido que o animal seja submetido a sua análise.